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Você quer uma receita diferente para essa páscoa? Quer sair dos ovos de chocolate ou outras receitas cheias de chocolate? Então você acabou de encontrar! Essa colomba pascal sem glúten e com muito sabor fica deliciosa e você vai surpreender a todos com ela.

Vou te contar um pouco sobre a história da colomba pascal e por que ela se tornou tradição de páscoa em vários países, incluindo o Brasil.

A Colomba Pascal é um tipo de bolo ou pão italiano em forma de pomba, tradicionalmente preparado e consumido durante a Páscoa. Sua história e tradição estão profundamente enraizadas na cultura italiana, mas a Colomba Pascal também conquistou apreciadores em diversos países ao redor do mundo.

Origem e História

A origem da Colomba Pascal é repleta de lendas e tradições. Uma das histórias mais populares remonta à Lombardia, no norte da Itália, durante o reinado do rei lombardo Alboino, no século VI. A história diz que, após um cerco, a cidade de Pavia ofereceu a Alboino um pão doce em forma de pomba, símbolo da paz e do Espírito Santo, o que teria convencido o rei a poupar a cidade da destruição.

Outra versão atribui a invenção da Colomba Pascal a São Columbano, um monge irlandês do século VI, que, ao ser servido um prato de carnes em plena Sexta-feira Santa pelo rei lombardo Agilulfo, abençoou as carnes, que milagrosamente se transformaram em pães em forma de pomba.

Significado e Tradição

A Colomba Pascal é carregada de simbolismos. A forma de pomba representa a paz, o Espírito Santo e a renovação da vida, elementos essenciais das celebrações da Páscoa. A tradição de consumir este bolo durante a Páscoa remete à celebração da ressurreição de Jesus Cristo e à esperança de novos começos.

Disseminação e Consumo

Embora seja uma tradição italiana, a Colomba Pascal também se tornou conhecida em diversos outros países, especialmente aqueles com fortes comunidades italianas, como Argentina, Brasil, Estados Unidos e Canadá. Em cada país, ela pode ser encontrada em versões que variam ligeiramente em termos de ingredientes e métodos de preparo, mas a essência e os simbolismos permanecem os mesmos.

A Colomba Pascal é mais do que um simples pão ou bolo de Páscoa; é um símbolo de paz, esperança e renovação. Sua história e tradição refletem a riqueza da cultura italiana e sua capacidade de inspirar e reunir pessoas em torno de seus valores mais profundos, independentemente de onde sejam consumidas. Além de ser uma delícia!

Essa receita tem várias etapas. Mas não é difícil de ser feita só leva mais tempo mesmo. Mas, vai por mim, vale muito a pena!

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Vantagens da fermentação lenta:

Quero te explicar um pouco sobre o que é a fermentação lenta e suas vantagens.

A fermentação lenta é uma técnica apreciada na panificação e na produção de vários alimentos fermentados, oferecendo uma série de vantagens tanto em termos de sabor quanto de saúde. E na panificação sem glúten não é diferente. Aqui estão algumas das principais vantagens da fermentação lenta na panificação sem glúten:

A fermentação lenta na panificação sem glúten oferece vantagens significativas, adaptando-se às necessidades especiais de massas que não contêm trigo, centeio ou cevada. Essas vantagens ajudam a superar os desafios típicos encontrados na panificação sem glúten, melhorando a qualidade, sabor, textura e valor nutricional dos produtos finais. Aqui estão algumas dessas vantagens:

  1. Melhoria na Textura

  • Estrutura Melhorada: A fermentação lenta permite que as alternativas ao glúten, como gomas (xantana ou guar) e psyllium, tenham tempo suficiente para hidratar adequadamente e formar uma rede que mimetiza a função do glúten, resultando em uma melhor textura do pão.
  • Miolo Mais Aerado: A fermentação lenta ajuda a criar um miolo mais leve e aerado, superando um dos maiores desafios da panificação sem glúten, que é evitar pães muito densos.
  1. Enriquecimento do Sabor

  • Desenvolvimento de Sabor Profundo: Sem a presença de glúten, pode ser um desafio desenvolver o sabor rico encontrado nos pães tradicionais. A fermentação lenta permite um desenvolvimento de sabor mais complexo, oferecendo um perfil de sabor mais rico e satisfatório, próximo ao dos pães com glúten.
  1. Melhora na Saúde Digestiva

  • Redução de Antinutrientes: Grãos, nozes e sementes usados em farinhas sem glúten podem conter antinutrientes, como fitatos, que podem ser reduzidos através da fermentação lenta. Isso melhora a digestibilidade e a absorção de nutrientes.
  • Fermentação Prebiótica: A fermentação lenta promove o crescimento de bactérias benéficas, que podem atuar como prebióticos no trato digestivo, apoiando a saúde intestinal.
  1. Mais Nutrição

  • Aumento dos Nutrientes: A fermentação pode aumentar os níveis de certos nutrientes, como vitaminas do complexo B e minerais, tornando o pão sem glúten não apenas mais saboroso, mas também mais nutritivo.
  • Redução de Carboidratos de Rápida Digestão: A fermentação lenta pode ajudar a reduzir o índice glicêmico dos pães sem glúten, tornando-os mais adequados para dietas de baixo índice glicêmico.
  1. Conservação Natural e Vida Útil

  • Maior Vida Útil: Assim como na panificação tradicional, a fermentação lenta no pão sem glúten pode prolongar a vida útil ao produzir ácidos orgânicos naturais que atuam como conservantes.
  1. Versatilidade e Experimentação

  • Experimentação com Diferentes Farinhas: A fermentação lenta oferece a oportunidade de experimentar com uma ampla gama de farinhas sem glúten (como amêndoa, aveia sem glúten, teff, e outras), explorando diferentes sabores e texturas.

Na panificação sem glúten, a fermentação lenta não é apenas uma técnica para melhorar sabor e textura; é também uma ferramenta crucial para aumentar a digestibilidade, o valor nutricional e a vida útil dos pães. Ela nos permite criar produtos sem glúten que são deliciosos, nutritivos e mais próximos em qualidade aos seus equivalentes com glúten, atendendo às necessidades de pessoas com doença celíaca, sensibilidade ao glúten ou aqueles que escolhem evitar o glúten por razões de saúde.

Receita de Colomba Pascal sem glúten

Ingredientes:

Esponja:

6g de fermento biológico seco

100g de água morna

3 gemas

15g de açúcar demerara

70g de farinha de amêndoa

Primeira massa:

5g de fermento biológico seco

120g de água morna

35g de óleo de coco derretido

210g de mix de farinhas (usei o meu mix, acesse o link)

Massa final:

145g de açúcar demerara

15g de mel

3 gemas

Raspas de uma laranja

Suco de 2 laranjas médias

90g de óleo de coco derretido

Aproximadamente 60g de água

50g de farinha de amêndoa

100g de farinha de arroz

30g de farinha de teff

30g de farinha de grão de bico

20g de polvilho doce

20g de fécula de batata

5g de sal

3g de goma xantana

100g de chocolate (opcional)

100g de cranberry (opcional)

Para a cobertura:

1 clara de ovo

15g de açúcar demerara

10g de farinha de amêndoa

Modo de preparo:

Primeiro faça a esponja. Misture o fermento na água, depois acrescente o açúcar e as gemas. Misture bem e coloque a farinha de amêndoa. Deixe essa mistura homogênea e deixe descansar por +- 30 minutos.

Primeira massa:

Depois dos 30 minutos, misture a segunda quantidade de fermento na água morna. Acrescente a esponja. Bater o óleo de coco e o mix de farinhas na massa. Cobrir a massa e deixar descansar por +- 1h.

Segunda massa:

Separe 3 colheres de sopa de óleo de coco e dissolva a goma xantana. Reserve.

Misturar o açúcar, o mel, as gemas, o suco de laranja, as raspas de laranja e o óleo de coco à massa. Adicionar as farinhas e misture bem. Adicione a água aos poucos. Quando a massa estiver uniforme, adicione a goma xantana diluída no óleo de coco e depois coloque o sal. Se a massa ainda estiver muito firme coloque um pouco mais enquanto bate na batedeira. Deixar crescer por aproximadamente 2 a 3 horas.

Depois que a massa crescer, coloque a cranberry e o chocolate (antes de colocar, misture os dois em um pouco de farinha, pode ser farinha de arroz. Fazendo isso a cranberry e o chocolate vão ficar distribuídos na massa sem se concentrarem somente em baixo).

Misture e coloque na forma que você vai assar. Eu não fiz na forma tradicional da colomba, fiz numa forma de bolo redonda de 20 cm de diâmetro e 10 cm de altura. Deixar crescer por aproximadamente 2 horas.

Pré-aquecer o forno a 200 graus.

Para cobertura: Misturar a clara, o açúcar e a farinha de amêndoa ou amêndoas trituradas, se preferir. Bater bem com um garfo. Quando ficar um creme um pouco esbranquiçado, coloque por cima da massa delicadamente. Se quiser, você pode colocar amêndoas laminadas ou um pouco de chocolate por cima.

Assar por aproximadamente 40 minutos. Retire do forno e deixe esfriar. Depois desenforme.